Escrita Viva
“O pensamento voa e as palavras vão a pé: eis o drama do escritor.” (Julien Green)
Introdução
Um escritor, mesmo isolado numa ilha deserta, é capaz de suportar os piores desafios, desde que tenha pelo menos duas coisas: papel e caneta. No cotidiano da vida moderna, ele “usa e abusa” dos gadgets com entusiasmo incomum. É fato notório que a evolução da tecnologia causou uma enorme mudança na escrita. As letras digitais estão diante de nossos olhos no dia a dia. Acrescenta-se ainda, a escrita cada vez menos rica, via internet, com o uso de abreviaturas em excesso, gírias, palavras encurtadas, etc. E o que dizer sobre a velocidade de informação no mundo globalizado de hoje? Não resta dúvida de que é algo extraordinário, graças ao desenvolvimento da escrita. No Brasil, tudo começou com a “Carta de Caminha” ...
Apresentação
Nos dias atuais, a poesia não é alvo de grande interesse do público. Talvez esteja “fora de moda”. Ou mesmo seja considerada indesejada. Mas os poetas loucos, como eu, insistem por achar que sempre haverá lugar para a poesia enquanto houver algum resquício de sensibilidade nos seres humanos. Mesmo que o lugar a ser ocupado seja modesto e secundário. Vivemos num mundo marcado pelo desamor e pelo apego exagerado aos bens materiais em detrimento dos valores morais, éticos e espirituais. Vivemos na era das flores de plástico e coração de pedra. Do fenômeno do imediatismo, quando se busca a felicidade como algo a ser adquirido nas lojas comerciais. Muitos dizem que o romantismo está em extinção. É bem provável. E acho que os românticos, poetas ou não, devem resistir. Não falo aqui de resistir a favor do romantismo à moda antiga. Mas, sim, do romantismo adaptado aos novos tempos. Os hábitos e costumes sofrem mudanças no decorrer do tempo, mas o amor sublime por natureza e indefinível pela sua grandeza, jamais será uma palavra morta. O amor é tudo. E deve ser reverenciado e decantado em prosa e verso. A poesia, muitas vezes reprimida e ridicularizada, desvalorizada e marginalizada, ainda não sucumbiu e persiste heroicamente buscando espaço. Muitos desconhecem a importância do poeta na esfera social. Esse agente multiplicador de sentimentos nobres. Que propaga o amor e a paz. E nunca se cala e escreve seus poemas fazendo a sua parte na luta por uma sociedade mais justa e humana. Portanto, a matéria poética pode ser um veículo transformador de grande valia. E o poeta deve ser tratado com um mínimo de dignidade. As crônicas aqui transcritas abordam temas variados, alguns amenos e outros com enfoque na dura realidade, pois sabemos que a falta de compaixão, o egoísmo, o ódio e a violência fazem parte do cotidiano. Creio que devemos somar forças para reverter esse quadro antes que tudo se transforme em caos. Quanto aos haicais (arte de origem japonesa), também estão presentes porque representam um gênero literário de rara beleza e profundo significado. Mas, o ato de escrevê-los, tem sido um grande desafio para mim. Por fim, compartilho contos curtos, encolhidos, escritos em caráter experimental, algumas dissertações e trabalhos (pós-graduação). E-books de minha autoria poderão ser acessados gratuitamente. Esta página também disponibiliza links de conteúdos úteis. Desde logo, despido de vaidade, aviso que estou aberto às críticas e comentários.
Saudações literárias,
Gladston Salles
Homenagem aos “Sebos”
“Entre os mais humildes comércios do mundo está o do livreiro, embora a sua mercadoria seja a base da civilização, pois é nela que se fixa a experiência humana, o livro não interessa ao nosso estômago nem à nossa vaidade. Não é, portanto, compulsoriamente adquirido. O pão diz ao homem: ou me compras ou morres de fome. O “batom” diz à mulher: ou me compras ou te acharão feia. E ambos são ouvidos. Mas se o livro alega que sem ele a ignorância se perpetua, os ignorantes dão de ombros, porque o próprio da ignorância é sentir-se feliz em si mesma, como o porco em sua lama”. (Monteiro Lobato)
Sobre o Autor
Eu sou apenas um homem amadurecido pelos anos e desenganos que sonha sem se iludir e vive sem deixar morrer o sonho. Acredito em Deus, na Verdade e no Bem. Adoro o mar. Admirador incondicional da poeta Cora Coralina. Devoto de Santa Teresa de Calcutá. Estudioso dos ensinamentos do Monge Budista Thich Nhat Hanh. Sou católico por formação e um “buscador” incorrigível, sempre disposto a conhecer os fundamentos básicos das diversas correntes religiosas. “A religião mais pura e verdadeira perante Deus é a prática da caridade. Somente o ato de fazer o bem ao próximo é capaz de fazer o bem a nós mesmos” (Dalai Lama). “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam” (Madre Teresa de Calcutá). Acredito que o Amor e Compaixão, como princípios sagrados e inarredáveis, devem nortear nossas vidas. Somente assim teremos maiores chances de transformar o mundo para melhor. Tenho interesse por assuntos esotéricos e místicos. Creio que a “Atenção Plena” é fundamental, principalmente nos dias atuais. Reconheço a meditação e o yoga como práticas excepcionais para o bem estar físico, mental e espiritual. Os mistérios e belezas atemporais da Índia me fascinam. A participação em “Satsanga” é uma experiência vibrante. Assim como fazer parte de um grupo de “Sangha” descortina um novo horizonte em nossas vidas. Gosto de literatura em geral (com especial paixão por poesia). Considero a pesquisa historiográfica uma tarefa grandiosa. Aprecio uma boa música (o gênero vai depender da ocasião) e esportes, como futebol, natação, artes marciais; menos aqueles de combate, ditos violentos, sem regras definidas. Gosto de viajar, mas amo o meu país, acima de qualquer outro por melhor que seja. Eu tenho um tesouro na vida: minha família e meus amigos. Como escritor sempre estou em busca do aprimoramento. Muito ainda teria de acrescentar, mas fico por aqui. Louvado seja Deus!
Gladston Salles
Escritor, Cronista, Poeta, Contista, Haicaista e Livre Pensador
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